então voltei mais tarde e, a pé, sentia o vento gelado que bateu contra o meu rosto desprotegido. saí de cachecol, mas as bochechas avermelharam. nesse intervalo acabei sentando pra tomar algo. entrei num café e pedi uma média. acalento.
então me mandei com as moedas no bolso da calça e coloquei o cachecol diferente de como estava, pois já não precisava proteger de todo. o leite quente deu uma esquentada na pele descoberta e agora só minhas mãos permaneciam geladas... nos últimos dois meses elas só ficam quentes quando acordo. tenho vivido, como diria o velho deitado, "fortes emoções..."
entre uma espécie de raiva que às vezes, pungente, me acomete, acabo sempre me deparando com outra coisa. que tbm não é o oposto de raiva, mas é uma quietude que vem num pós choro. chóro sempre, sacumé?! só não choro em filmes. raramente! essa semana mesmo assisti a um que 98,3% do público feminino choraria. mas eu não; e não porque sou durona. pelo contrário! mas porque alguns roteiros me deixam tão aquém da veracidade que confesso ser um bocado realista. embora, pessoalmente, exista virtude em chorar no cinema. na maioria das vezes sou palco da minha própria atuação babaca.
com o programa de edição de fotos aberto, passei a tarde editando imagens e trabalhando nos textos que tenho de entregar pra edição deste mês. a propósito, a última vez que escrevi por aqui ainda fazia reportagem na editoria de economia do jornal local. agora trabalho em casa pra uma publicação voltada ao público xovem, mas acho que daqui uma ou duas semana irei pra uma Redação 'provisória'. veremos...
ontem a noite tive de responder a uma pergunta engraçada que, na verdade, acabou entregando toda ebulição que venho sentindo... "- me dá três qualidades dele". não sabia muito bem como responder, e comecei a imaginar adjetivos subjetivos, mas na primeira tentativa escutei um "mas isso? e cê não acha ele bonito? gatão?" e num riso acho que transpareci toda a minha atração admiração rsrsrs.
eu sei lá o que é lidar com essas coisas! e isso 'lá' se aprende? verdade seja dita, independente do que vier a acontecer, a dor... a dor precisa ser sentida! e assim como escutei também na noite passada, a principio isso pode parecer ruim, mas na realidade existe sempre um propósito de aprendizado naquilo que acontece com a gente. e todavia eu não tenha telefone em casa, sei que a preocupação com as coisas que não posso controlar é uma besteira gigante. o que? a conta? não! a linha. xii, me perdi.
são quinze para às 22h. e eu só queria dizer que é bom não ter certeza de tudo, mas neste momento eu, pelo menos, sei que o forno tá ligado e que meu jantar está pronto. vai um pão de queijo?
{escutando}