Quando disseram que a vida seria difícil lá fora, eu pensei mesmo é que fosse. Não duvidei, não, Zé. Mas é que a gente precisa ir; pra trabalhar, pra fazer, pra escolher (...). Mentira! A gente vai é pra dizer a nós mesmos que não é fácil. Só que perto a gente acaba tendo que admitir isso de uma forma cruel. E de longe, na solitária, fica bonito. Fica digno, sacumé?
Eu fico é preocupada com o tempo. E não me refiro ao fato de estar chovendo lá fora. Refiro-me ao tempo que corre nas minhas veias cerebrais dilacerando as vontades e os desejos das coisas que deixaria de viver se ficasse. Mas também daquelas que deixei pra trás. Sem piedade, eu agradeço a todos que não acreditaram, pois é sobre eles a poesia que vou escrever quando chegar aos sessenta e cinco.Não to nem aí pra minha consciência dizendo que eu podia ter cedido um pouco mais.
Arrebatada na idade, é bem provável que eu repita o discurso da maioria das mulheres que resolvem assumir um papel irreverente diante à vida.
Mas se é pra acreditar que sai pra provar, seja lá pra quem diabos eu precisava, eu vim. E a vida de pensão com frango no almoço por quilo, é bem melhor do que aquela que eu presumia dar sequencia se eu tivesse ficado.
Só não me faça, - destino, desistir no meio do caminho. Seria provar a roupa que a gente coloca e não leva e sai agradecendo ao vendedor... Mas não mete a mão no bolso pra sentir a dor da falta que faz 50 contos. Porque 50, meu amigo, não era 5 antes de eu me mandar.
Faca na bota fi
ResponderExcluirtua vida não é aqui, tua vida acontece dentro da tua cabeça!
- oras, concordo rsrs mas quem é o autor deste comentário? pronuncie-se rsrs
ResponderExcluirCresci mais um pouco lendo isso, Re. Cê manda bem pra caralho - na escrita, e na vida.
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