segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

velho e cansado pra pirar?

Dada a largada aos textos sem necessidade de certeza alguma que daqui em diante me disponho a escrever (rsrs).

Hoje pela manhã assisti a um vídeo do Professor André Azevedo. Pra quem não conhece ele tem um canal no Youtube de temas diversos em que fala sobre religião, política, comportamento e reflexões como 'O que Dizer aos Jovens Conservadores?'. Pois bem, nunca sei o que dizer aos amigos que tem uma opinião tão concreta a ponto de me deixar com aquele sentimento ralo de 'tô burra ou sou ingênua demais para acreditar que isso aí não parece bom?'...
Recentemente numa prova de inglês que fiz uma das questões trazias duas caixas de diálogos. Na primeira, jovens seguravam placas que diziam ser a favor de determinados assuntos enquanto os velhos olhavam para estes com olhar de 'pobres, não sabem nada!'; e no segundo quadro, estes mesmos jovens tinham se tornado velhos e traziam os mesmos discursos, porém desta vez eram eles os julgados e reprimidos (lembrei de Menudos na hora da prova! rsrs).
A questão passou batida, mas o assunto ainda faz toc toc na minha cabeça todas as vezes que converso com alguém que pensa - digamos - de forma meio antiquada. De maneira alguma quero aqui dizer que o que vale de fato é a minha opinião, mas penso que nessa idade, GENTE, qual a necessidade de ter tanta certeza e coerência dos fatos?
O vídeo do professor André traz exatamente esta reflexão que nos leva a pensar de modo que essa exigência que vem dos outros e muitas vezes até de nós mesmos é uma grande bobagem. Queremos ter tudo tão certo e finito que deixamos de 'enlouquecer' na melhor época para adquirir a experiência da existência que é simplesmente VIVER (e errar quantas vezes for preciso até finalmente acertar e ser gloriosa!! rsrs).


Sou dessas jovens que por muitas vezes passa de louca por acreditar em ideias meio malucas e prafrentex, mas confesso que meio abestalhada olho pro passado com uma saudade monstra dessa época que eu não vivi. Mas oras, passou! Passou e é anacrônico permanecer saudosista, principalmente com algo que eu nem vivi. Caramba! Que besteira.
A filosofia ou o pensamento crítico podem explicar essa crise existencial toda, mas gosto de pensar que a maneira como o Prof. propõe no vídeo a que o jovem viva, me parece interessante. Porque a gente não poderia correr tanto risco e se opor numa época de tanto exibicionismo do "eu acho", "eu imagino", "eu acredito"... ????
Pode-se achar, acreditar, perceber, mas afirmar categoricamente é deixar de vivenciar o outro lado da moeda e comprar uma ideia que você nem sabe se é boa mesmo ou se vale a pena fritar pelos quatro cantos da timeline que esse posicionamento é o correto.
Acho que já comprei uma briga ou outra por ter ditado uma regrinha no mundinho virtual rsrsrs e devo admitir que apesar de tudo não me arrependi. Dias atrás levei um empurrão virtual do tipo "você escreve bem, e escreverá melhor daqui uns dez anos..." Não entendi se o cara quis dizer que tô com ideias esquisitas ou se somente a doçura do viver me mostrará algumas explicações,
E você o que acha? Existe verdade absoluta quando a gente é jovem? Será que conseguimos mudar um pensamento antigo e pior: será que isso vale a pena? Será que se sentir nostálgico de uma época que você nem viveu faz bem e é de maneira saudável replicar opinião alheia só para garantir o senso crítico? Será que uma coisa não tem nada a ver com a outra e estamos aqui só brisando e teorizando sobre o nada? Vai saber...

Diz aí o que acha e deixa esse conservadorismo pra quando você estiver velho e cansado pra pirar demais rsrsrs

2 comentários:

  1. acho que eu to velho e cansado pra pirar demais, mas não tô conservador. Será que serei levado pelo que vier?

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  2. Confesso que amo criar conceitos e ir contra aquele senso baseado em experiência de vida que as pessoas tem quando estão com idade mais avançada. E cá entre nós, você se "auto-garantir" e expresaar alguns conceitos que é um tabu para sociedade é algo muito bom (rsrs).
    Tenho que confessar que após algumas discussões eu já pensei: "Por quê eu discuti sobre isso? Fez alguma diferença?!". Sendo assim acredito que a nossa geração deve manisfestar suas certezas quando essas promovem alguma mudança em alguma pessoa ou na sociedade de modo preponderante, caso contrário será um achismo maciço no qual só poderemos quebrar com os nossos próprios erros. Mas e daí se errarmos? Errar é sinal de que vivemos! E daí se é apenas um achismo? Se achamos é sinal que estamos na busca da verdade. E por falar nisso, o que é verdade mesmo?!

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